domingo, 4 de janeiro de 2009



De que adianta nascer,
se não iremos parar de envelhecer?
De que o adianta fazer,
se tudo perde ingenuidade e beleza de ser?

De que adianta ter medo de morrer,
se isso nos faz parar de viver?
De que adianta por tudo na balança,
se a vida no vento do tempo dança?
De que adianta ter pressa de morrer,
se tudo tem seu tempo de acontecer?

Hoje segurei a mão da minha avó, segurei-a porque a amo e porque não sei por quanto mais tempo o poderei fazer. Segurei-a e senti-lhe o calor da alma que retribui com carinho, segurando-a com ainda mais força.

De que adianta?
Adianta porque não me importa o Fim mas sim o Durante e para já só quero dizer que a amo...

1 comentário:

  1. é bom ver-te escrever de novo. espero que continues com a mesma sensibilidade e crítica.
    mãe

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